Jonas Eduardo Nicodemo

DOI: https://dx.doi.org/10.59068/24476137jonas

Palavras-chave: empreendedorismo feminino 1; gênero 2; igualdade social 3..

Resumo

O artigo investiga como o empreendedorismo feminino nas periferias do país se reflete na luta das mulheres pela igualdade social e de gênero. Nesse contexto, enfatizam-se as mulheres bastante pobres e as barreiras enfrentadas por elas para se firmarem no mercado de trabalho, sobretudo, em segmentos predominantemente masculinos, como o econômico e o tecnológico. Para enfrentar esses obstáculos, são apresentadas algumas ações transformadoras, oriundas do poder público e da iniciativa privada, às vezes em parceria que, principalmente após o período pandêmico no Brasil, passaram a investir em projetos voltados ao desenvolvimento do empreendedorismo feminino. Como pano de fundo, aborda-se a autoestima dessas mulheres, em geral, profundamente influenciada pelo alto grau de dependência de laços familiares difíceis de serem rompidos exclusivamente em razão de questões financeiras. Discute-se, ainda, possíveis formas de se combater a desigualdade de gênero, ao se propor medidas concretas para retirar essas mulheres da invisibilidade, vez que a exclusão social e econômica fere diretamente o Estado Democrático de Direito. Nos últimos anos, o empreendedorismo feminino no Brasil tem ganhado força, exigindo da mulher – em total discrepância em relação a mesma postura da sociedade diante dos homens – a necessidade de comprovar sua competência no “mundo dos negócios”. É nesse cenário que desponta um dos maiores desafios: ampliar a escala dos projetos já desenvolvidos para estimular o empreendedorismo feminino, fazendo-os perpetuar nas comunidades carentes, para que mais mulheres possam se beneficiar a longo prazo dos conhecimentos compartilhados e replicá-los com outras mulheres, rompendo, assim, ciclos de dependência e fortalecendo o empreendedorismo feminino nas periferias do país.

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