PATHOS

Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia – ISSN 2447-6137

Menu

Como se fosse da Família”: O Luto Não Reconhecido de Mulheres Resgatadas do Regime de Trabalho Doméstico Análogo à Escravidão

As If They Were Family”: The Grief of Women Rescued from Situations of Domestic Slavery
“Como si fueras de la familia”: el duelo no reconocido de las mujeres rescatadas del régimen de trabajo doméstico análogo a la esclavitud

Fulvia Ciappa Gattordo Contieri
Bruno Cervilieri Fedri

DOI: https://dx.doi.org/10.59068/24476137feminicidio

Palavras-chave: luto – não reconhecido, trabalho escravo doméstico

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar as especificidades relacionadas ao luto não reconhecido provocado pelas mudanças decorrentes das situações de resgate de mulheres vítimas de trabalho escravo doméstico que estiveram por muitos anos convivendo com a mesma família, construindo vínculos, identidade e função mesmo em um ambiente permeado por relações assimétricas de poder. Considera-se observar os aspectos relacionados ao ato do resgate que culminam com a saída brusca do ambiente de convivência onde muitas vezes elas se negam a deixar, assim como a atuação dos profissionais que atuam no trabalho de pós resgate, e o quanto podem ofertar a essas vítimas lugar de cuidado e segurança, que propiciem a vivência do pesar e de todas as emoções e sentimentos decorrentes dessa situação de mudança, viabilizando a sua reorganização e construção de novos significados e possibilidades de existência no porvir.

 

Referências

Bortoletti, F., Meorim Ferreira De Lucca e Castro, M.., & Bugalho, A. (2022). TRABALHO DOMÉSTICO ESCRAVO: DA ORIGEM AOS DIAS ATUAIS. Anais Do Congresso Brasileiro De Processo Coletivo E Cidadania, (9), 941–959. Recuperado https://revistas.unaerp.br/cbpcc/article/view/2556.
Brasil, Governo Federal. https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2021/04/ajuda-especializada-a-vitimas-de-trabalho-escravo. Disponível em: www.gov.br. Recuperado em 28/03/2023.
Brasil, Manual de Combate ao Trabalho em Condições análogas às de escravo. Brasília: MTE, 2011.
Brasil,Senado Federal.https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/04/pec-das-domesticas-garantiu-igualdade-de-direitos-entre-trabalhadores. Disponível em: senado.leg.br. Recuperado em 28/03/2023
Brasil, Sistema Único de Assistência Social no Combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas. Brasília. 2020. Disponível em www.cidadania.gov.br. Recuperado em 28/03/2023
Correio Brasiliense. https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/08/5026899-brasil-registra-seis-casos-de-trabalho-escravo-domestico-em-um-mes.html. Disponível em: www.correiobrasiliense.com.br. Recuperado em 28/03/2023.
Diário do Comércio:https://diariodocomercio.com.br/economia/saiba-como-reconhecer-e-denunciar-trabalho-analogo-a-escravidao/. Disponível em: www.diariodocomercio.com.br Recuperado em 28/03/2023.
El País. https://brasil.elpais.com/internacional/2021-01-14/madalena-escrava-desde-os-oito-anos-expoe-caso-extremo-de-racismo-no-brasil-do-seculo-xxi.html. Recuperado em 28/03/2023.
FENATRAD, https://fenatrad.org.br/trabalho-domestico. Disponível em: fenatrad.org.br. Recuperado em 28/03/2023.
Ferraz, L.M. Na Casa dos Outros: Trânsito e Ambiguidades das Empregadas Domésticas no Cinema Latino-Americano. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal. 2021.
Franco, M.H.P; Polido. K.K. Atendimento Psicoterapêutico no Luto. 1 ed. São Paulo. Ed. Zagodoni. 2014.
IPEA; OIT, Entre relações de cuidado e vivências de vulnerabilidade: dilemas e desafios para o trabalho doméstico e de cuidados remunerado no Brasil / organizadores: Luana Pinheiro, Carolina Pereira Tokarski, Anne Caroline Posthuma. – Brasília. 2021. Recuperado em 28/03/2023.
Reporter Brasil. https://reporterbrasil.org.br/2022/05/mulher-e-resgatada-apos-72-anos-de-trabalho-escravo-domestico-no-rio. Disponível: reporterbrasil.org.br. Recuperado em 28/03/2023.
Uol: https://jc.ne10.uol.com.br/brasil/2022/07/15051563-apos-podcast-a-mulher-da-casa-abandonada-numero-de-denuncias-de-trabalho-analogo-a-escravidao-cresce-67.html. Disponível em: uol.com.br. Recuperado em 28/03/2023.
Parkes. C.M. Luto: Estudos sobre a Perda na Vida Adulta. Summus Editorial. 3° ed. São Paulo. 1998.

Como citar
Contieri, F.C.G.; Fedri, B.C. (2023). “Como se fosse da família”: o luto não reconhecido de mulheres resgatadas do regime de trabalho doméstico análogo à escravião Pathos:Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia, v. 9, n.2, 23-42.

Indexadores