Fernanda D’Ambrosio Rennó Valtolte
Natália Barbosa Machado

DOI: https://dx.doi.org/10.59068/24476137assembleias

Palavras-chave: Grupo operativo; adolescentes; tarefa; atendimento socioeducativo; vínculos.

Resumo

Este estudo tem por objetivo discorrer acerca do desenvolvimento do trabalho de grupo com adolescentes inseridos em medida socioeducativa de internação. Trazer a experiência realizada com nove adolescentes em oito encontros, que perduraram por pouco mais de dois meses. Este trabalho se desenvolveu a partir do conceito de grupo operativo centrado na tarefa, proposto por Pichon Rivière, sendo a tarefa explícita que os próprios adolescentes propusessem e elegessem a situação problemática a ser debatida e, assim, através destes encontros, promover naquele grupo maior autonomia na busca da resolução de conflitos e, por meio das reflexões, ampliar seu modo de pensar e agir. Observar o setting sendo construído, os vínculos que insurgiram e o desenvolvimento do grupo para um espaço empático e acolhedor, trazendo a reflexão deste formato de atendimento como algo profícuo para o ambiente da socioeducação e todas as especificidades nele envolvidas, considerando a situação peculiar de desenvolvimento da adolescência e as vulnerabilidades vivenciadas, em especial, pela população alvo deste grupo. O grupo se mostrou um espaço de ampliação da escuta, um lugar, de certa forma, seguro e no qual a interação e papéis ali desempenhados foram fundamentais para a construção da identidade daquele grupo.

Referências

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