Stella Klink Giampietro
Cintia Nazaré Madeira Sanchez

DOI: https://dx.doi.org/10.59068/24476137aviolenciaenquantosintoma

Palavras-chave: Delinquência Juvenil; Populações Vulneráveis; Violência; Política Pública; Marginalização Social.

Resumo

O presente artigo é fruto de um trabalho de iniciação científica acerca do universo infracional envolvendo adolescentes em conflito com a lei. Tal trabalho foi desenvolvido em virtude da bolsa de estudos concedida pelo Programa Ânima de Iniciação Científica (Pró-Ciência), vinculado ao curso de Graduação em Psicologia da Universidade São Judas. O objetivo foi compreender como a violência atua enquanto sintoma na vivência de tais adolescentes. O método do trabalho seguiu uma proposta qualitativa. Foram realizadas entrevistas semidirigidas com dois psicólogos que atuam no sistema socioeducativo e que também são pesquisadores da área. Como método para a análise dos dados obtidos optou-se pelo uso do procedimento da análise temática de conteúdo. Como resultados, chegamos a conclusão de que são inúmeros os agravantes deparados no processo da busca pela compreensão do sofrimento psíquico que esse sujeito tem em seu percurso e terá dentro do processo de medida socioeducativa em regime de internação. Portanto, a conjuntura social permeada de uma visão ainda punitivista faz com que esses adolescentes, já invisíveis e excluídos socialmente, retornem para a sociedade nas mesmas condições prévias, ou ainda, até mais desassistidos, desembocando no encadeamento de novas medidas socioeducativas de internação, ou futuramente, adentrando o sistema penitenciário.

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